sábado, 12 de março de 2011

Curiosidade sobre o Ciúme: O veneno dos relacionamentos 




Algumas vezes, sem que possamos perceber, cresce no nosso interior, a partir de um ressentimento ou de uma suposta rivalidade, o sentimento de ciúme. Isto oprime a harmonia e a saúde de nossos relacionamentos.

O ciúme é um sentimento que nos faz sentir incomodados com certas situações que anteriormente eram insignificantes, como, por exemplo, a atenção de um namorado para com a namorada, a beleza de uma amizade, o cuidado de um pai para com um filho, o sucesso profissional de um colega ou o reconhecimento de suas habilidades em determinada função, etc.
 Uma insatisfação, aparentemente sem motivos, toma conta da pessoa que acredita, ainda que não seja verdade, estar a perder a atenção e o carinho. Supõe não ter as mesmas hipóteses que o seu irmão, parente ou colega.

Quando o ciúme toca os relacionamentos, qualquer coisa poderá ser motivo para alimentar um espírito de competição e de disputa. Com isso, a pessoa que era dócil, compreensiva e companheira, torna-se áspera, agressiva nas respostas e pouco solícita. Isto, certamente poderá destruir uma convivência que anteriormente era saudável. Entretanto, se questionada, essa pessoa prontamente justificará o seu comportamento com outras respostas. Dificilmente admitirá o sentimento de ciúme.

Ao alcance dos tentáculos do sentimento de ciúme poderá estar também as nossas famílias.
Este “micróbio” tentará  instalar-se, contaminar e matar a amizade que deveria ser eterna entre os parentes. Não é difícil de se notar a disputa discreta ou as provocações sem sentido entre os irmãos por coisas sem importância.

Penso que tal sentimento poderá surgir quando a pessoa envolvida por um medo equivocado, acredita ser menos amada, não ter a mesma preferência de antes ou suspeita da possibilidade de ser privada daquilo que valoriza profundamente.
Algumas situações poderão se tornar mais crónicas quando, em meio a todas as supostas verdades, se encontra a desconfiança da honestidade de quem amamos. Trabalhando em nossa imaginação, o ciúme nos faz criar situações que não existem; deduzimos coisas que vemos apenas nos filmes da nossa mente.

Infelizmente, por essas atitudes, estará instalada nos nossos relacionamentos a grande sombra da inquietação, potencializada pela insegurança que insistirá em assombrar a nossa paz de espírito.

Outras pessoas, mergulhadas nas suas convicções ou tomadas pelo pavor de experimentar o suposto abandono, chegam ao limite de privar a quem se ama do direito da vida.

O amor verdadeiro traz a cumplicidade e o compromisso pela felicidade mútua.

Ainda que possamos sentir, em alguns momentos, uma pequena dose de ciúmes, é necessário aprender a lidar com as nossas inseguranças. À medida que vamos conquistando a autoconfiança, o respeito pelo espaço do outro, estaremos também cultivando a saúde dos nossos relacionamentos.

Todo aquele que se dispõe a amar e a viver um bom relacionamento, zela pelos cuidados necessários para a sadia convivência com a pessoa amada e isso não faz do outro objecto de sua pertença. Por mais que amemos a pessoa ao nosso lado, não temos o direito de posse da sua liberdade.

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